Saudações Rubro-Negras!
Estou de volta para um post que estava prometendo há tempos. Quem acompanha esse blog sabe que em 22 de agosto do ano passado, fiz um especial, com 10 viradas inesquecíveis da história do Flamengo (relembre aqui). E estava há tempos querendo fazer uma segunda parte, até para relembrar com vocês. Também é uma comemoração, pois no último dia 22 completei 1 ano nesse blog que para mim é muito especial.
Então vamos relembrar? vamos a mais 10 jogos da nossa história em que saímos atrás, mas graças a raça dos nossos jogadores conseguimos virar. Uma ótima leitura a todos e peço para que comentem, até citando outros jogos. Quem sabe não pinta uma terceira parte...
Relembrando: os jogos serão postados na ordem cronológica. Isso não é um ranking.
FLAMENGO 4x3 CORITIBA - 25/05/1980 - CAMPEONATO BRASILEIRO
Era o segundo jogo da semifinal do brasileirão daquele ano. No jogo de ida, em Curitiba, vitória tranquila por 2x0, com 2 gols de Zico e o time poderia até perder por 1 gol no Maracanã que se classificava para a final. Talvez a vantagem tenha feito a equipe relaxar, uma vez que o Coritiba abriu logo 2 gols de vantagem nos primeiros minutos. No primeiro gol, após um levantamento, que Escurinho ajeitou de cabeça e Vilson Tadei se antecipou a Raul para abrir o placar. Em seguida, após jogada pela direita, Freitas cruzou e o canhoto Aladim pegou um lindo voleio, no ângulo, para marcar um belo gol e calar o Maracanã.
Mas o Flamengo reagiu e virou em sete minutos. Era o início daquele Flamengo que seria campeão mundial no ano seguinte. E tudo começou no minuto seguinte ao gol do Coxa e com Nunes, que recebeu ótimo lançamento de Andrade, avançou sem marcação e bateu cruzado de canhota para diminuir. O mesmo Nunes empatou o jogo minutos depois, quando Andrade cruzou, Tita ajeitou e a bola sobrou limpa para o "João Danado" fuzilar o gol do goleiro Moreira. O camisa 9 "cheirava a gol". A virada veio ainda na primeira etapa e num golaço do lateral Carlos Alberto, que interceptou passe em sua intermediária, avançou quase 70 metros em disparada, deu um lindo drible no zagueiro, escapou da falta e mandou no ângulo. Gol de pura vitalidade, de raça!
Mais tranquilo, o Flamengo passou a mandar no jogo. Com isso, chegou ao quarto gol. Após longo lançamento de Tita, o atacante Anselmo avançou em posição legal, driblou o goleiro e tocou no alto para marcar mais um belo gol e fazer a festa dos mais de 90 mil flamenguistas. Já na final e quase nos acréscimos, o Coxa descontou num lindo gol, que começou com cruzamento da esquerda, toque de calcanhar de Vilson Tadei, ajeitada de Escurinho e pancada de Luís Freire, sem chances para Raul. Com o 4x3, o Flamengo se classificou para a inédita final e foi campeão brasileiro ao derrotar o Atlético Mineiro na decisão. Era o início do maior time da história do Fla.
TIME: Raul, Carlos Alberto, Rondineli, Marinho e Júnior; Andrade, Adílio, Zico (Reinaldo) e Tita; Júlio César (Anselmo) e Nunes. TEC.: Cláudio Coutinho
FLAMENGO 3X2 SÃO PAULO - 20/01/1982 - CAMPEONATO BRASILEIRO
Era a primeira apresentação da equipe após o título mundial. O time estava sem ritmo e enfrentava logo na estreia o ótimo São Paulo, com vários titulares da seleção. O Brasil estava de luto, pois no dia anterior a cantora Elis Regina havia falecido. E o Fla começou mal o jogo. Aberto, errando muitos passes, sofreu o primeiro gol logo aos 14 minutos, quando Serginho Chulapa recebeu na área, passou pelo marcador e chutou mascado na saída de Raul, Mozer quase tirou, mas não conseguiu evitar o primeiro gol do jogo. Melhor em campo, o São Paulo ampliou no fim da primeira etapa e de novo com Serginho. O camisa 9 aproveitou jogada de Renato pela direita e só completou para o gol, sobre a linha, num dos gols mais fáceis da sua vida.
Empurrado pelos mais de 85 mil rubro-negros que foram ao Maraca naquele feriado de São Sebastião, o time foi para cima e conseguiu diminuir aos 13 minutos, quando Zico tabelou com Lico e soltou a bomba na saída de Waldir Perez. Exposto aos contra-ataques (e olha que o São Paulo perdeu muitos deles), o Flamengo chegou ao empate aos 31 minutos e com Andrade, que após cruzamento e tentativa de Adílio, pegou a sobra da entrada da área para bater no cantinho. O gol da vitória era questão de tempo.
E veio aos 36 minutos. Aliás, um lindo gol, que prova toda a magia daquele time. O gol começou num tiro de meta curto de Raul. Após uma troca de passes, Zico quase foi desarmado, mas deu um lindo calcanhar para Lico, que deu passe para Júnior, que devolveu pra Lico, correu e recebeu na frente. Aí o "maestro" só colocou na cabeça de Zico marcar um belo gol e virar o jogo. Um belo gol, de um time que jogava por música. Foram 22 segundos de toque de bola, 6 jogadores diferentes participaram e nenhum jogador tricolor tocou na bola. Esse gol garantiu a primeira vitória do ano e foi a largada para o bi nacional.
TIME: Raul, Leandro, Marinho, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio, Zico e Lico; Chiquinho (Vitor) e Nunes. TEC.: Paulo César Carpegiani
FLAMENGO 3X2 OLARIA - 07/03/1999 - CAMPEONATO CARIOCA
Era a primeira rodada do Cariocão de 1999. A equipe já havia desapontado no Torneio Rio-São Paulo e buscava vencer o estadual após 3 anos. Sem Romário, machucado, o Flamengo viu o Olaria sair na frente logo aos 2 minutos com Leandro, que aproveitou cruzamento da direita e mandou no fundo do gol de Clêmer. Apático, o time não conseguia criar e viu o Olaria ampliar após indecisão da defesa rubro-negra, que não conseguiu tirar a bola da área. No rebote de Clêmer, Darci marcou o segundo. Viria mais uma decepção?
Mas o Flamengo conseguiu a reação. E tudo começou num pênalti inexistente do goleiro Braz em Caio. Na cobrança, Leandro Machado quase perdeu, mas contou com a sorte para marcar o primeiro gol do time no estadual. Minutos depois o time chegou ao empate e de novo com a sorte: arrancada de Iranildo pela esquerda. O "chuchu" cruzou, a bola desviou no zagueiro e enganou o goleiro. O primeiro tempo acabou empatado.
Indo para cima na segunda etapa e com três atacantes (Rodrigo Mendes entrara na vaga de Iranildo), o Fla chegou a virada numa bobeira da zaga alvianil: recuo errado, Braz perdeu dividida para Leandro Machado, que só teve o trabalho de tocar para o gol vazio. O início foi complicado, mas no fim tudo foi festa e conquistamos meses depois nosso 25º estadual.
TIME: Clêmer, Fábio Baiano, Fabão, Narciso e Athirson; Jorginho, Wagner, Beto (Maurinho) e Iranildo (Rodrigo Mendes); Caio e Leandro Machado. TEC.: Carlinhos
FLAMENGO 4X3 PALMEIRAS - 16/12/1999 - COPA MERCOSUL
Um grande jogo, uma virada na base da raça. Flamengo e Palmeiras chegavam a essa final com boas equipes. O Flamengo tinha muita vontade, mas perdera Romário dias antes. O Palmeiras tinha um grande elenco e era o campeão da Libertadores. Além disso, o rubro-negro queria se vingar da eliminação na Copa do Brasil meses antes.
Pilhado, o Flamengo abriu o placar logo aos 4 minutos, quando Iranildo cobrou escanteio, Reinaldo desviou de cabeça e Juan, também de cabeça, inaugurou o marcador. Com o gol o Flamengo recuou e o Palmeiras teve mais posse de bola. Com isso, chegou ao empate ao final da primeira etapa, mais precisamente aos 44 minutos, quando Arce cobrou falta, Clêmer saiu muito mal e Júnior Baiano empatou. As emoções viriam na segunda etapa.
O segundo tempo foi de tirar o fôlego. Cinco gols, sendo quatro em seis minutos. O Palmeiras chegou a virada aos 22 minutos. Após escanteio, Galeano cabeceou po meio da área, Clêmer saiu mal de novo e Asprilla, de cabeça, calou o Maracanã. Após o gol, Carlinhos pôs o "talismã" Caio e o time ficou com 3 atacantes. O empate pintou rapidinho, aos 25 minutos e com Caio, que aproveitou cruzamento preciso de Leandro Machado e de cabeça, não deu chances para Marcos. Porém quando a torcida ainda comemorava, o Palmeiras chegou ao terceiro e com Paulo Nunes, que recebeu passe preciso de Asprilla e tocou na saída de Clêmer.
Mas aquele tinha tinha brio. Segundos depois o Flamengo empatou e de novo com Caio, que recebeu na frente e já dentro da área, chutou cruzado, sem chances para Marcos. Incríveis 4 gols em 6 minutos. Mas não parou por aí. Empurrado pela torcida e melhor o jogo, o Fla chegou a virada aos 39 minutos, quando Athirson cruzou na cabeça de Reinaldo, que deu a vitória ao Mengão. Com a vitória, o time jogou por um empate em São Paulo e como foi isso que aconteceu, conquistou o título daquele ano. Aliás, o último título internacional do clube.
TIME: Clêmer, Maurinho, Célio Silva, Juan e Athirson; Leandro Ávila, Marcelo Rosa (Rodrigo Mendes), Leonardo Inácio e Iranildo (Caio); Reinaldo e Leandro Machado. TEC.: Carlinhos
FLAMENGO 2X1 FLUMINENSE - 16/04/2000 - CAMPEONATO CARIOCA
O time não perdia há 5 jogos e vinha de uma goleada de 7x1 dias antes. Do outro lado, o Flu que contava com Roger, em grande fase. O primeiro tempo foi pegado, marcado e terminou sem gols. Emoção mesmo na etapa final.
E foi aos 14 minutos que o Fluminense saiu na frente. Após escanteio da esquerda e falha da defesa, o zagueiro Régis entrou sozinho e tocou na saída de Clêmer. Atrás no placar, o Flamengo foi para cima e conseguiu o empate na mesma moeda: escanteio, Luiz Alberto cabeceou, Zetti salvou, na sobra, Leandro Machado tocou e o próprio Luiz Alberto marcou. Isso aos 32 minutos. Seria pressão até o fim.
Foi um final de jogo eletrizante, com o Flamengo totalmente em cima. Leandro Machado chegou a marcar de cabeça, mas o bandeira anulou. Porém nos acréscimos, Fábio Baiano lançou Leandro, que foi derrubado infantilmente por Régis. Na cobrança, Athirson, melhor jogador do campeonato carioca de 2000, deslocou Zetti e virou o placar. Jogaço, gol da vitória aos 49 minutos do 2º tempo e eu estava lá.
TIME: Clêmer, Fábio Baiano, Juan, Luiz Alberto e Athirson; Mozart (Catê), Maurinho, Beto e Iranildo (Lê); Reinaldo e Tuta (Leandro Machado). TEC.: Carlinhos
FLAMENGO 5X2 FLUMINENSE - 04/09/2002 - CAMPEONATO BRASILEIRO
O Flamengo não vencia há 6 jogos e só caia na tabela. Enfrenta um Fluminense em ascensão, com Romário fazendo gol à beça e Renato Gaúcho estreando como treinador. Para piorar, César abriu o placar pro tricolor no primeiro minuto, após falta pra área e bobeira da zaga.
Porém o Flamengo foi pra cima. Chegou ao empate com apenas 12 minutos e com uma sorte danada de Athirson, que cruzou com o pé direito, rasteiro, mas a bola passou por todo mundo e entrou no cantinho de Murilo. A virada veio seis minutos depois e com Zé Carlos. O "Zé do gol" aproveitou cruzamento de Iranildo e de cabeça mandou no cantinho. Mas o show estava reservado para a segunda etapa.
Mais solto, o Flamengo aproveitava os espaços que o Flu permitia. Com isso, chegou ao terceiro gol e com Liédson, que após chute cruzado de Fabio Baiano, completou para o gol vazio, aos 13 minutos e acabou com um jejum de 6 jogos. Com a porteira aberta, o time fez mais dois gols. Primeiro com Iranildo, que aproveitou rebote da defesa e chutou forte, por baixo de Murilo e em seguida com Fabio Baiano, que após jogada pela direita do até então adolescente Andrezinho, chutou forte para marcar o gol mais bonito do jogo. Nos acréscimos, Roni descontou após bobeira do volante Evandro, mas nada que manchasse a grande vitória rubro-negra. Pra noite ficar completa, Romário mandou um pênalti no travessão quando o jogo estava 4x1 e foi obrigado a ouvir a torcida rubro-negra cantar "ô ô ô Romário é flamenguista".
TIME: Júlio César, Alessandro, André Dias, Fernando (André Bahia) e Athirson; Jorginho, Felipe Melo, Fábio Baiano e Iranildo (Evandro); Zé Carlos (Andrezinho) e Liédson. TEC.: Evaristo de Macedo
FLAMENGO 3x2 BOTAFOGO - 25/02/2006 - CAMPEONATO CARIOCA
Era tudo ou nada para o Flamengo, já na 2ª rodada da Taça Rio. Valdir Espinosa estava ameaçado e só uma vitória o livrava da demissão. No outro lado, o Botafogo, com Dodô em grande fase. O jogo foi num sábado de carnaval e levou um bom público ao Maracanã.
Porém quem começou com tudo foi o Botafogo, que abriu o placar logo aos 13 minutos, após pênalti bobo de Ronaldo Angelim em Reinaldo. Na cobrança, Dodô bateu firme, sem chances para Diego e abriu o placar. Porém o Flamengo empatou nove minutos depois e com um pouco de sorte. "El Tigre" Ramirez recebeu passe na área, girou e bateu cruzado, a bola desviou em Luizão, no zagueiro botafoguense entrou no cantinho direito. Era o empate. Mas Dodô estava com tudo. Aos 39 minutos o atacante recebeu passe na área de Reinaldo, girou com quis sobre Angelim e mandou no cantinho de Diego para desempatar o clássico. Parecia mais uma derrota em clássicos.
Na segunda etapa o Fla ficou um pouco mais ofensivo com a entrada de Juan na vaga de André Santos. E o lateral mostrou estrela e empatou logo aos 4 minutos, quando recebeu passe de Diego Souza e da entrada da área colocou no cantinho do goleiro, para marcar um belo gol.
O time continuou em cima. Fellype Gabriel entrou e colocou mais velocidade no jogo. De tanto insistir, chegou a virada aos 18 minutos e num lindo gol de Renato. O camisa 11 recebeu cruzamento de Luizão e da entrada da área, sem deixar a bola cair, bateu de primeira, forte, no cantinho de Lopes. Muita comemoração do meia, que marcara contra o Botafogo no ano anterior.
Depois, foi só segurar o ímpeto alvinegro e garantir o carnaval um pouco mais feliz. Foi a primeira vitória na Taça Rio. Uma pena que no jogo seguinte Valdir Espinosa acabou sendo demitido.
TIME: Diego, Leonardo Moura, Renato Silva, Ronaldo Angelim e André Santos (Juan); Felipe Dias, Jônatas, Diego Souza (Fellype Gabriel) e Renato; Ramirez e Luizão. TEC.: Valdir Espinosa
FLAMENGO 2X1 NÁUTICO - 11/08/2007 - CAMPEONATO BRASILEIRO
Era a volta do Flamengo ao Maracanã após o Pan-Americano daquele ano. O Fla, mal na tabela e cheio de jogos adiados, estava na penúltima colocação e precisava começar a reagir. Esse jogo marcou a estreia de Fábio Luciano, que se tornaria um ídolo do clube.
Porém mesmo com todos esses ingredientes, quem saiu na frente foi o Náutico e com o atacante Felipe, que girou para cima de Ronaldo Angelim, bateu cruzado. A bola desviou em Cristian e "matou" o goleiro Bruno. O Fla, sem outra alternativa, foi para cima e empatou aos 24 minutos e com o capitão Fabio Luciano, que aproveitou falta na medida de Juan e cabeceou na saída de Eduardo. O jogador, com dores musculares, pediu para sair no intervalo.
Empurrado por 40 mil rubro-negros naquele sábado à noite (eu era um deles), o Flamengo foi com tudo para cima. O Náutico, acuado, ficou mais defensivo após a expulsão do volante Deleu. Esse jogo também marcou a estreia do argentino Maxi Biancucchi, que entrou na vaga de Renato Augusto e agradou muito por sua velocidade. E no apagar das luzes, o Fla chegou a vitória e com o lateral Leonardo Moura, que recebeu lindo lançamento do meia Roger e mandou cruzado, sem chances para Eduardo e fazer a festa da torcida. Foi o início daquela reação épica, em que chegamos a 3ª colocação.
TIME: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano (Rodrigo Arroz), Ronaldo Angelim e Juan; Rômulo, Cristian (Léo Lima), Ibson, Roger e Renato Augusto (Maxi Biancucchi) e Leonardo. TEC.: Joel Santana
FLAMENGO 2X1 BOTAFOGO - 24/02/2008 - CAMPEONATO CARIOCA
Era a decisão da Taça Guanabara. O Flamengo já vinha de uma virada sensacional contra o Vasco (quem sabe entra numa 3ª parte) na semifinal. Do outro lado, um Botafogo arrumadinho, com Wellington Paulista fazendo gol todo jogo. Aliás, foi ele quem abriu o placar pro alvinegro aos 27 minutos, quando com técnica e sorte, foi passando por toda defesa rubro-negra até chutar cruzado, sem chances para Bruno. O primeiro tempo mais teve falta do que futebol.
Com o grupo na mão, Joel colocou Diego Tardelli e Obina no intervalo, nas vagas de Toró e Marcinho, respectivamente. O Flamengo ia para cima e o Botafogo queria matar o jogo no contra-ataque. De tanto insistir, chegou ao empate num pênalti polêmico, do zagueiro Ferrero em cima de Fábio Luciano. Após muita reclamação, Ibson cobrou firme para empatar a decisão. Assim que houve o gol, Souza foi expulso por confusão.
Era lá e cá. Qualquer um poderia fazer o gol do título. O árbitro deu 5 minutos de acréscimo. E foi aos 46 minutos que saiu o gol da vitória e aliás um lindo gol. A defesa toda trocou passes, tudo de primeira, até Ronaldo Angelim lançar Kléberson. O volante viu Léo Moura, que rolou para Diego Tardelli, que bateu colocado, na entrada da área e mandou no canto de Castillo para explosão da torcida rubro-negra. No último lance do jogo, Edson, livre, quase empatou o jogo, mas não impediu mais um título de Taça Guanabara. Após o jogo, os jogadores alvinegros choraram no intervalo, repudiando a atuação do árbitro. Desde então, Botafogo virou sinônimo de "chororô".
TIME: Bruno, Leonardo Moura, Fábio Luciano, Ronaldo Angelim e Juan; Jaílton (Kléberson), Cristian, Toró (Diego Tardelli) e Ibson; Marcinho (Obina) e Souza. TEC.: Joel Santana
Talvez a última grande virada do time. O Fla buscava a liderança do campeonato e vinha de uma excelente vitória sobre o São Paulo. O primeiro tempo foi com mais marcação com organização e o Fla perdeu as melhores chances. Emoção mesmo, só na segunda etapa.
O Fluminense, melhor até então, abriu o placar com Rafael Sóbis. Mas tudo começou com Marquinho, que mesmo no chão, ganhou de Welinton e Diego Maurício. Depois, Leandro Euzébio cruzou pro atacante, nas costas de Léo Moura, fazer o primeiro. O Flamengo, sem Ronaldinho, contava apenas com Thiago Neves, até o momento bem discreto. Mas foi o camisa 7 quem empatou, após cruzamento de Júnior César e chute cruzado de Negueba. O ex-tricolor comemorou muito.
Mas a defesa continuava dando bobeira. Após mais uma jogada pela esquerda, Souza cruzou para o pequeno Lanzini, no meio da alta defesa rubro-negra, cabecear no canto de Paulo Victor. 2x1 e a derrota parecia certa. Mas geralmente um Fla-Flu tem um personagem. E esse personagem era Bottinelli.
O meia, que entrou no lugar de Maldonado, apareceu aos 41 minutos, após falta de Lanzini sobre Muralha. Ficou discutindo com Thiago para ver quem ia cobrar. Soltou um "Thiago, confia em mim, carajo!", que deixou o ex-tricolor contrariado. Mas foi bom confiar, pois o argentino acertou uma linda falta, que caprichosamente acertou o travessão, as costas de Cavalieri e entrou. Mas o melhor estava reservado aos 44 minutos: foi quando o camisa 18 recebeu passe de Léo Moura, cortou o adversário e como disse o narrador Luiz Carlos Júnior, bateu "cheio de gás", no canto de Diego, pra explodir a massa no Engenhão. Vitória épica, 4ª colocação e a chance do título ainda estava viva.
TIME: Paulo Victor, Leonardo Moura, Welinton, Alex Silva e Júnior César; Maldonado (Bottinelli), Muralha, Renato e Thiago Neves; Diego Maurício (Negueba) e Deivid (Jael). TEC.: Vanderlei Luxemburgo
Muito obrigado a todos que leram. Peço para que comente e relembre mais jogos. Quem sabe pinta um terceiro post. Até a próxima e #SRN