Bem vindos a minha penúltima postagem nessa passagem por épocas
consagradas do nosso Mengão! Hoje falarei sobre o tricampeonato conquistado nos anos de 99/00/01, começando pelo ano de 1999.
Em 1999, a fórmula de disputa era diferente somente na questão de numero de participantes. Naquela época, existiam apenas 10 equipes. A equipe que somasse mais pontos se sagrava o campeão de cada turno. Na Taça Guanabara, os dois times que despontavam como francos favoritos ao título eram os maiores rivais do estado do Rio de Janeiro, Flamengo e Vasco. Favoritismo que foi confirmado pela equipe da Gávea sem nenhuma derrota naquele turno, somando 25 pontos em 9 jogos, com 8 vitória e 1 empate. Porém, no segundo turno, o campeão foi o arqui rival do rubro negro carioca, o Vasco da Gama também invicto, com uma campanha de 7 vitórias e 2 empates, somando 23 pontos.
Vieram as finais entre Flamengo x Vasco.
A primeira partida, revestida de ansiedade por parte dos torcedores, tinha o Vasco da Gama como franco favorito. Favoritismo que não foi confirmado dentro de campo.
Mesmo abrindo o placar com Edmundo, o time de São Januário permitiu o empate do rubro negro depois de uma bela joga de Rodrigo Mendes pela ponta esquerda, que cruzou para o peixinho de Fábio Baiano. O primeiro jogo da decisão terminou em 1x1, e a partida que definiria o campeão regional daquele ano estava aberta para a última partida.
O Vasco da Gama jogava com o regulamento "em baixo do braço" e poderia empatar a partida que se sagraria campeão. O jogo começou lá e cá. Os dois times buscando a vitória e atacando muito. Com 18 minutos do 2º tempo, os vascaínos acharam ali, que a decisão estava ganha. Romário, o astro rubro negro, sentiu dores na panturrilha e foi substituído para a entrada de Caio. O primeiro tempo seguiu morno, sem perigo para nenhum dos goleiros e terminou em 0x0. O 2º tempo começou como o primeiro: lá e cá. Aos 7 minutos, Beto recebe dentro da área e completou para as redes, só que o bandeirinha que já havia errado muito na primeira etapa, errou novamente e marcou o impedimento. O Flamengo pressionava e não deixava o adversário jogar. Aos 26 minutos, lance polêmico. Caio caiu na área e o árbitro ignorou e não marcou o pênalti, na sobra do lance, Beto da entrada da área carimbou a trave. Porém, aos 30 minutos, a pressão deu resultado. Caio de novo, agora numa jogada individual, sofreu uma falta perigosa perto da área. Rodrigo Mendes bateu rasteiro e o leve desvio na barreira foi o bastante pra deixar "vendido" o goleiro Carlos Germano. O Flamengo abria o placar e jogava a responsabilidade pro lado do adversário. O Vasco lutou e teve uma oportunidade de ouro aos 40 minutos, mas foi desperdiçada pelo atacante Guilherme. O árbitro da partida apitou o fim da partida, festa da torcida rubro negra, e o el
enco do clube da Gávea dedicou o título ao treinador Carlinho e claro, ao astro da equipe, Romário.
Já em 2000, a história foi parecida com a do ano anterior, Flamengo e Vasco disputando o título e a unica surpresa foi o Botafogo correndo por fora, mas nada que tirasse o favoritismo dos finalistas de 1999.
A Taça Guanabara terminou com o título do Vasco da Gama, com direito a uma goleada por 5x1 em cima do Flamengo.
A goleada foi esquecida pelo elenco comandado por Carlinhos, e o Fla foi guerreiro, conquistando a Taça Rio.
Os dois maiores rivais do Rio de Janeiro se encontravam novamente nas finais do regional.
A torcida vascaína dava o título como certo, pela goleada do primeiro turno. Já os flamenguistas acreditavam na estrela de Carlinhos e queriam uma reedição do último ano.
O jogo começou morno para ambos os lados e os dois times, quando tinham oportunidade de gol, paravam nos goleiros adversários. Barreira furada por Athirson, que com 29 minutos da etapa final, recebeu um passe de Fábio Baiano, dominou, ergueu a cabeça e chutou sem chances para Hélton. Explosão da torcida rubro negra. Aos 41 minutos, uma falta na ponta esquerda a favor do Fla. Fábio Baiano, com muita malandragem, cobrou direto para o gol, surpreendendo o goleiro adversário, que esperava um levantamento na área. O Flamengo fazia 2x0 e colocava uma mão no taça de campeão Carioca. Com os gritos de "Bi-campeão", o rubro negro fez o terceiro gol e, se já havia colocado uma mão na taça, desta vez colocou uma mão e 4 dedos. Beto, com oportunismo, só precisou completar de cabeça para o gol. O título parecia já ter um destino ao fim da primeira partida.
A segunda partida começou com um "pré-jogo". Athirson foi pego num
doping e ficou fora da partida decisiva, já pelo lado cruzmaltino, Romário não jogou por ter sentido dores.
O jogo começou com o Vasco em cima, perdendo uma bela oportunidade no co
meço do jogo depois de uma defesa espetacular do goleiro Clémer. Aos 30 minutos da etapa inicial, Maurinho e Felipe foram expulsos depois de trocarem pontapés. Aos 41 minutos, depois de um bate-rebate na área rubro negra, Viola aproveitou a sobra de bola, driblou Clémer e abriu o placar. O Vasco foi para os vestiários com a vantagem no placar, mas precisando de mais dois gols. O que se transformaria em pressão e sofrimento para os elenco da Gávea, virou alegria. Logo aos 4 minutos do segundo tempo, Mozart rouba uma bola no meio campo e lança Reinaldo, que entra livre e bate com muita frieza para empatar a partida. Alegria que se transformaria em comemoração antecipada. Poucos minutos depois, Tuta completou para as redes, virando a partida e dando fim ao sonho vascaíno. Ainda dava tempo para Beto se vingar e fazer embaixadinhas. O árbitro apitou o fim da partida e colocou ponto final em mais um título rubro negro em cima de seu rival. Um couro tímido era ouvido: " Ôôô Vice de novo", era o bi campeonato do Fla, totalizando 26 títulos até então.
Chega 2001 e com ele vem o título regional mais emocionante da década.
Depois de vencer o Vasco na semi final, o Fla chegou a final contra o Fluminense e venceu nos pênaltis por 5x3 após um empate por 1x1 no tempo normal.
Já na Taça Rio, o título ficou com o time de São Januário.
Mais uma vez Flamengo x Vasco decidiam o título do campeonato regional.
Na primeira partida, após bela jogada de Edílson, Petkovic completou para as redes abrindo o placar aos 14 minutos do segundo tempo. Porém, o Vasco da Gama não queria que a mesma história dos dois últimos anos se repetisse e tratou de virar a partida. Aos 32 minutos da etapa final, Viola empatou e Juninho Paulista aos 42 virou a partida.
Todos estavam curiosos para saber como o Flamengo suportaria a virada na primeira partida da final e qual seria a postura ao ter que buscar um resultado por 2 gols de diferença.
O jogo começou com uma bela apresentação nas arquibancadas.
A primeira oportunidade do jogo foi numa falta cobrada por Beto, que contou com um desvio e quase entrou. Logo depois, Juninho e Viola desperdiçaram boas oportunidades. Como já diz o ditado, quem não faz leva. Aos 21 minutos do primeiro tempo, pênalti a favor do Flamengo em cima de Cássio, Edílson bateu e abriu o placar. Só que aos 40 minutos, Viola faz falta no defensor rubro negro, ignorada pelo árbitro, invade a área e toca para Juninho Paulista só completar para o gol. Depois do gol, o próprio Juninho Paulista para no paredão Júlio Cesar. O primeiro tempo se foi como começou a partida, empate e o Flamengo precisando de mais 2 gols para se sagrar campeão.
Logo com 8 minutos da etapa final, o rubro negro mostrou força e depois de um cruzamento na medida, o baixinho Edílson, famoso "capetinha", cabeçeou como manda o figurino e colocou o time do técnico Zagallo na frente novamente. Depois de uma falta perigosa marcada a favor do cruzmaltino, Juninho Paulista bateu com perfeição e a bola resvalou caprichosamente no travessão. O time da Gávea atacava e ficava exposto na defesa, só que contava com o paredão
Júlio Cesar, que não deixou que fosse furada sua barreira. Aí vem o lance mais esperado. Aos 43
minutos da etapa final, Edílson sofre uma falta na entrada da área. O lateral rubro negro Alessandro, já no banco de reservas, rezava. Nas arquibancadas, todos movimentavam as mãos de um lado para o outro. A torcida vascaína já comemorava o título. Entretanto, em alguns segundos, o destino da taça regional, mais uma vez, se dirigiria para a Gávea. Petkovic foi para a bola, concentrado e com uma perfeição jamais vista, colocou a bola exatamente no único lugar que ela poderia entrar: no ângulo esquerdo do goleiro Hélton.
Golaço para coroar mais um título rubro negro e mais um vice campeonato do cruzmaltino.
Decepção para os vascaínos, felicidade para os flamenguistas.
Assim foi o tricampeonato conquistado pelo Clube de Regatas Flamengo, espero que gostem. Abs, Flávio!