segunda-feira, 21 de maio de 2012

O maior reforço


Futebol está longe de ser uma ciência exata, fácil de explicar. Muitos fatores podem determinar o bom ou o mau rendimento de uma equipe. Inúmeros detalhes que tornam um time campeão, ou que levam um grupo ao fracasso. No Flamengo atual, falta de tudo um pouco. E a solução não parece estar próxima.

Alguns fatores são inegáveis para explicar o momento delicado que vive o Mais Querido. De um time sem comando técnico - Joel me parece ultrapassado - a um astro sem estrela - Ronaldinho sucumbiu ao descaso -, o Flamengo dentro das quatro linhas é um retrato fiel de sua admistração. Dirigentes focados no interesse próprio e alheios aos desejos daqueles que impulsionam o Flamengo rumo às vitórias. Sim, a torcida foi deixada de lado, e comprada ou cansada, parece sem forças para ajudar o gigante a se reerguer.

Soma-se a isso a falta flagrante de jogadores de qualidade num elenco fraco e fragilizado. Falar que um time que conta com Ronaldinho, Vagner Love, Leo Moura, entre outros, é ruim, soa estranho, num primeiro momento. Mas o maior problema desse Flamengo, no meu ponto de vista, é a falta de postura, de comprometimento. E neste caso específico, um reforço precisa vir de dentro para fora. Não há Messi que dê jeito num time rachado, sem brio, sem tesão, como o rubro-negro. E que tem em seu capitão,  o maior exemplo de desinteresse e falta de empenho em campo.

Não vejo outra forma de mudar a situação senão o protesto. Passou da hora de a torcida tomar as rédeas da situação e mostrar toda sua indignação com a indolência desse time, que mais parece um bando, que nem de longe representa o maior clube do Brasil. O Flamengo é o que é por conta de sua torcida, pela força que ela exerce - ou exercia. Chega de rabo preso! Chega de panos quentes! Não há "privilégios" ou "mimos" que acalmem o coração do apaixonado torcedor rubro-negro.

Estou envergonhado com o atual momento da instituição. Não foi para esse Flamengo que meu avô me ensinou a amar e a torcer. Aquele, de glórias e orgulho, parece estar adormecido, muito por conta de dirigentes safados, mas também pela falta de união da torcida, que enche o peito para dizer que faz a diferença, mas que há tempos não demonstra esse poder. Esse é o meu sentimento. Um desejo genuíno, que até pode parecer utópico, mas vem do coração. Ainda dá tempo, mas o relógio não para.

Pablo dos Anjos
@PabloWSC
 
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