O possível e virtual retorno de Adriano ao Flamengo era mais que previsível. Eu já sabia! E você também! A euforia da torcida rubro-negra com o provável retorno do último ídolo da Nação é legítima e compreensível, mas há muitos questionamentos em torno da contratação do jogador, que não parece querer mais ser jogador profissional.
A prioridade, no meu ponto de vista, tem que ser a recuperação do cidadão Adriano. Antes disso, qualquer tentativa de colocá-lo em campo estará fadada ao insucesso. Mas é preciso que o próprio jogador demonstre interesse em voltar a jogar futebol, fato que não acontece há quase dois anos. Desde junho de 2010, quando deixou o Flamengo, Adriano acumula fracassos dentro de campo, com passagens apagadas por Roma e Corinthians. Quase 24 meses de desinteresse flagrante. De falta de amor próprio preocupante.
Me parece acertada a postura da diretoria - mesmo que da boca para fora - de dar apoio a um ídolo rubro-negro. Abrir as portas do clube, propiciando ao atleta toda a estrutura para se recuperar é uma atitude nobre e inteligente. A instituição só não pode ceder aos caprichos do jogador e da torcida. Flamengo não pode ser a casa da mãe Joana. Não para sempre. Mas em ano eleitoral, me parece evidente que a presidente Patrícia Amorim cederá às pressões da torcida e contratará o jogador, seja como for. Só espero que o clube se resguarde no futuro contrato, com cláusulas bem claras.
Particularmente, sou contra o retorno do Imperador ao Flamengo. Sou e sempre serei eternamente grato aos gols que o atacante marcou no inesquecível hexacampeonato brasileiro em 2009. Mas de lá pra cá, Adriano parece ter perdido a essência do artilheiro. O faro do gol. O tesão pela bola. O Adriano de hoje, mais para rei Momo que para Imperador, me desculpem, mas não quero. Não nego que às vezes me pego pensando, lembrando daqueles gols maravilhosos do “Didico” em tabelas com Petkovic. Das comemorações no Maracanã lotado. Lembro-me como se fosse hoje de sua reestreia com a camisa do Flamengo, naquela tarde ensolarada de domingo, dia 31 de maio de 2009, contra o Atlético/PR. Tudo isso é nostálgico, remete o rubro-negro a uma época maravilhosa e saudosa, mas que, na minha opinião, não volta mais. Infelizmente! E não se enganem: quero muito estar errado.
De qualquer maneira, ídolos merecem sempre carinho e respeito. Mas o sucesso de Adriano no Flamengo em 2012 dependerá exclusivamente dele. Se a recíproca for verdadeira e Adriano decidir voltar a dar alegrias ao Flamengo, como o clube faz com ele, o casamento pode voltar a dar certo. Acho pouco provável, apesar de possível. Mais uma vez o Flamengo abre as portas para um jogador problemático e com histórico de indisciplina. Me parece a última oportunidade para que o homem Adriano volte a ser feliz, dentro e fora de campo. E que crie juízo, de uma vez por todas. Apoio da maioria esmagadora da torcida ele tem, isso é fato. Agora depende dele querer mais uma vez fazer a diferença. A bola tá contigo, “Didico”!
Pablo dos Anjos
Twitter: @PabloWSC
A prioridade, no meu ponto de vista, tem que ser a recuperação do cidadão Adriano. Antes disso, qualquer tentativa de colocá-lo em campo estará fadada ao insucesso. Mas é preciso que o próprio jogador demonstre interesse em voltar a jogar futebol, fato que não acontece há quase dois anos. Desde junho de 2010, quando deixou o Flamengo, Adriano acumula fracassos dentro de campo, com passagens apagadas por Roma e Corinthians. Quase 24 meses de desinteresse flagrante. De falta de amor próprio preocupante.
Me parece acertada a postura da diretoria - mesmo que da boca para fora - de dar apoio a um ídolo rubro-negro. Abrir as portas do clube, propiciando ao atleta toda a estrutura para se recuperar é uma atitude nobre e inteligente. A instituição só não pode ceder aos caprichos do jogador e da torcida. Flamengo não pode ser a casa da mãe Joana. Não para sempre. Mas em ano eleitoral, me parece evidente que a presidente Patrícia Amorim cederá às pressões da torcida e contratará o jogador, seja como for. Só espero que o clube se resguarde no futuro contrato, com cláusulas bem claras.
Particularmente, sou contra o retorno do Imperador ao Flamengo. Sou e sempre serei eternamente grato aos gols que o atacante marcou no inesquecível hexacampeonato brasileiro em 2009. Mas de lá pra cá, Adriano parece ter perdido a essência do artilheiro. O faro do gol. O tesão pela bola. O Adriano de hoje, mais para rei Momo que para Imperador, me desculpem, mas não quero. Não nego que às vezes me pego pensando, lembrando daqueles gols maravilhosos do “Didico” em tabelas com Petkovic. Das comemorações no Maracanã lotado. Lembro-me como se fosse hoje de sua reestreia com a camisa do Flamengo, naquela tarde ensolarada de domingo, dia 31 de maio de 2009, contra o Atlético/PR. Tudo isso é nostálgico, remete o rubro-negro a uma época maravilhosa e saudosa, mas que, na minha opinião, não volta mais. Infelizmente! E não se enganem: quero muito estar errado.
De qualquer maneira, ídolos merecem sempre carinho e respeito. Mas o sucesso de Adriano no Flamengo em 2012 dependerá exclusivamente dele. Se a recíproca for verdadeira e Adriano decidir voltar a dar alegrias ao Flamengo, como o clube faz com ele, o casamento pode voltar a dar certo. Acho pouco provável, apesar de possível. Mais uma vez o Flamengo abre as portas para um jogador problemático e com histórico de indisciplina. Me parece a última oportunidade para que o homem Adriano volte a ser feliz, dentro e fora de campo. E que crie juízo, de uma vez por todas. Apoio da maioria esmagadora da torcida ele tem, isso é fato. Agora depende dele querer mais uma vez fazer a diferença. A bola tá contigo, “Didico”!
Pablo dos Anjos
Twitter: @PabloWSC