Fim de temporada e o sentimento é de fracasso. A vaga na fase preliminar da Libertadores 2012 obtida com o quarto lugar no Brasileiro deste ano não pode cegar os dirigentes rubro-negros. A torcida, pelo menos, parece consciente do fraco desempenho da equipe no ano.
Ser campeão estadual e garantir uma vaga na principal competição sul-americana normalmente seria visto como uma temporada de êxito, de objetivos alcançados. Mas não para o Flamengo. Não para este Flamengo de 2011. Repleto de jogadores caros e tarimbados, o Flamengo de Vanderlei Luxemburgo investiu pesado e começou o ano como protagonista, apontado pelo próprio treinador como um dos principais favoritos aos títulos em disputa na temporada. Mas o que se viu foi uma equipe sem padrão tático, sem boas opções no banco e repleta de incoerências, a maioria delas creditadas ao técnico rubro-negro.
O torcedor do Flamengo é visto por muitos como arrogante. E é. Mas por culpa do time do coração, que conta com uma história riquíssima de títulos e glórias. Por tudo isto, não há como considerar a atual temporada boa, positiva. Talvez nem razoável. O ano de 2011 foi ruim, foi decepcionante. Para quem tinha esperanças de vencer a Copa do Brasil ou o Campeonato Brasileiro, o resultado final foi bem abaixo do esperado. Uma equipe com a grandeza do Flamengo não pode se apegar apenas a invencibilidades, a títulos estaduais invictos, a poucas derrotas no ano. Ao pensar assim, o clube se apequena, foca em objetivos medíocres. Isto não combina com o Flamengo. Não dá para ser eliminado pelo Ceará nas quartas-de-final da Copa do Brasil. Simplesmente inaceitável!
Lembro-me bem do comentário de Luxemburgo ao fim da temporada de 2010. "O Flamengo vai ser campeão nacional em 2011, pode me cobrar", disse um animado Luxa pouco tempo depois de quase ver sua equipe rebaixada à Série B. Depois disso, a torcida passou da euforia pela chegada do astro Ronaldinho, à decepção por ter visto um ano cheio de expectativas terminar em frustrações. Importante ressaltar também que a culpa evidentemente não é apenas de Luxemburgo. Falta de interesse de alguns atletas, atrasos de salário, diretoria amadora e baixo nível técnico de alguns jogadores agravaram os problemas vividos pelo rubro-negro no ano. No cômputo geral, foi muito dinheiro investido num projeto grandioso para, no fim, colher apenas uma modesta vaga na pré-Libertadores. Muito pouco.
Com o cargo garantido para 2012 – para desespero de muitos –, a Nação espera de seu comandante uma postura mais coerente, mais eficiente. O Flamengo precisa do Luxemburgo técnico, estrategista. O foco tem de ser no campo, no trabalho com a bola, na montagem de um elenco forte, à altura da tradição do Mais Querido. É ano de Libertadores, ano de voltar a ser temido pelos rivais. De recuperar o prestígio internacional. Com prazo de validade vencido, é agora ou nunca, professor. Acorda!
Pablo dos Anjos
Twitter: @PabloWSC
Ser campeão estadual e garantir uma vaga na principal competição sul-americana normalmente seria visto como uma temporada de êxito, de objetivos alcançados. Mas não para o Flamengo. Não para este Flamengo de 2011. Repleto de jogadores caros e tarimbados, o Flamengo de Vanderlei Luxemburgo investiu pesado e começou o ano como protagonista, apontado pelo próprio treinador como um dos principais favoritos aos títulos em disputa na temporada. Mas o que se viu foi uma equipe sem padrão tático, sem boas opções no banco e repleta de incoerências, a maioria delas creditadas ao técnico rubro-negro.
O torcedor do Flamengo é visto por muitos como arrogante. E é. Mas por culpa do time do coração, que conta com uma história riquíssima de títulos e glórias. Por tudo isto, não há como considerar a atual temporada boa, positiva. Talvez nem razoável. O ano de 2011 foi ruim, foi decepcionante. Para quem tinha esperanças de vencer a Copa do Brasil ou o Campeonato Brasileiro, o resultado final foi bem abaixo do esperado. Uma equipe com a grandeza do Flamengo não pode se apegar apenas a invencibilidades, a títulos estaduais invictos, a poucas derrotas no ano. Ao pensar assim, o clube se apequena, foca em objetivos medíocres. Isto não combina com o Flamengo. Não dá para ser eliminado pelo Ceará nas quartas-de-final da Copa do Brasil. Simplesmente inaceitável!
Lembro-me bem do comentário de Luxemburgo ao fim da temporada de 2010. "O Flamengo vai ser campeão nacional em 2011, pode me cobrar", disse um animado Luxa pouco tempo depois de quase ver sua equipe rebaixada à Série B. Depois disso, a torcida passou da euforia pela chegada do astro Ronaldinho, à decepção por ter visto um ano cheio de expectativas terminar em frustrações. Importante ressaltar também que a culpa evidentemente não é apenas de Luxemburgo. Falta de interesse de alguns atletas, atrasos de salário, diretoria amadora e baixo nível técnico de alguns jogadores agravaram os problemas vividos pelo rubro-negro no ano. No cômputo geral, foi muito dinheiro investido num projeto grandioso para, no fim, colher apenas uma modesta vaga na pré-Libertadores. Muito pouco.
Com o cargo garantido para 2012 – para desespero de muitos –, a Nação espera de seu comandante uma postura mais coerente, mais eficiente. O Flamengo precisa do Luxemburgo técnico, estrategista. O foco tem de ser no campo, no trabalho com a bola, na montagem de um elenco forte, à altura da tradição do Mais Querido. É ano de Libertadores, ano de voltar a ser temido pelos rivais. De recuperar o prestígio internacional. Com prazo de validade vencido, é agora ou nunca, professor. Acorda!
Pablo dos Anjos
Twitter: @PabloWSC